PÂNICO? |
Geralmente é a pergunta que
muitas pessoas fazem ao serem diagnosticadas com a Síndrome do Pânico*. Isso
provavelmente ocorre pelo fato de que os sintomas apresentados durante um
ataque de Pânico podem ser confundidos com outras condições médicas como:
Arritmias, Asma, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) ou Infarto Agudo do
Miocárdio, por exemplo. Não é raro as pessoas relatarem durante o Ataque de
Pânico sensações como: “Pensei que ia morrer”, “Achava que ia me sufocar”, “Pensei
que ia enfartar”.
Assim, sabiamente a pessoa
procura um médico inicialmente para investigar sobre essas condições clínicas.
Em geral, procuram mais de uma especialidade médica (cardiologista,
neurologista, clínica médica), onde são realizados exames e procedimentos diagnósticos.
Contudo, considerando a Síndrome do Pânico, esses exames dificilmente
apresentarão alguma resposta fora da “normalidade” referida pela especificidade
da pessoa. Daí vem os questionamentos “Como assim não tenho ‘NADA’?” “Eu sinto
meu coração acelerar de repente” “Sinto falta de ar sem motivo!”. Assim, na
ausência de fatores fisiológicos, vem a suspeita de “algo psíquico e emocional”
o que para alguns pode ser, inicialmente, um “alívio” ou algo muito assustador
“o quê é isso, estou enlouquecendo?”.
Então, o que é a síndrome do
Pânico? É uma síndrome (conjunto de sintomas) caracterizada por recorrentes e
inesperados ataques de pânico, ou seja, um surto repentino de medo intenso ou
desconforto intenso que alcança um pico em minutos ocorrendo sintomas como: Taquicardia,
suor intenso, tremores, sensação de falta de ar, dor ou desconforto no tórax,
náusea, sensação de tontura, formigamento, dentre outros. Cabe ressaltar que fatores
como o medo de ter novas crises e a preocupação persistente acerca das
consequências causadas pela crise estão presentes no curso da doença.
Como ressaltado
anteriormente, o diagnóstico para a síndrome do Pânico deve ser muito
criterioso já que os sintomas apresentados podem ser gerados por outra condição
médica como: hipertireoidismo, disfunções vestibulares (Vertigem, tontura),
transtornos convulsivos e condições cardiopulmonares como: arritmias, asma,
doença pulmonar obstrutiva crônica DPOC. Além disso, os sintomas também podem
ser concebidos por consequência fisiológica direta de uma substância como, por
exemplo: cocaína, anfetaminas e cafeína.
Por todas essas razões, o
diagnóstico diferencial deve ser prioritário e prudente para considerar a
Síndrome do Pânico, devido a uma série de situações clínicas e psicológicas
serem semelhantes a ela. Deste modo, ao manifestarem alguns dos sintomas
apresentados, é preciso que a pessoa procure, de imediato, um médico para
realização de exames e investigar a queixa sintomática. Após toda apuração
recomendada e os resultados apontarem para a Síndrome do Pânico, o
acompanhamento Psiquiátrico e Psicológico são necessários para o
restabelecimento da saúde do indivíduo.
* De acordo com o DSM V, a
terminologia correta é Transtorno do Pânico. Contudo, decidi manter como
Síndrome do Pânico, pois é um nome mais usual popularmente, além disso, creio
que síndrome ajuda na compreensão já que a mesma significa um conjunto
de sintomas.