sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Medo e ansiedade. Há diferença?

Medo e Ansiedade
Comumente percebo o quanto as pessoas têm dúvidas sobre medo e ansiedade. Tal questionamento é pertinente já que é difícil falar de ansiedade sem falar sobre o medo, o que pode gerar uma confusão compreensiva. 

Primeiramente é preciso frisar que o medo é uma emoção básica universal que nos adverte sobre algum perigo iminente. O medo seria como um alarme que nos avisa sobre alguma ameaça real ou percebida. É uma reação automática que temos a uma circunstância potencialmente real de perigo. Ele nos coloca em alerta, por exemplo, quando sentimos um cheiro forte de queimado podendo induzir um risco de incêndio, quando escutamos um som da buzina próximo de nós quando vamos atravessar uma rua, naturalmente, o medo nos adverte e nos alerta nessas situações. 

Por outro lado, a ansiedade é uma sensação complexa, geralmente, provocada por um medo que ocasiona uma apreensão diante de uma ameaça futura, no entanto, a ansiedade é mais prolongada que o medo, podendo comprometer diretamente a vida do indivíduo gerando sintomas físicos como aumento da frequência cardíaca, falta de ar, dor ou pressão no peito, tremores, suor intenso, etc., assim como sintomas comportamentais de evitação de uma possível ameaça, agitação, dificuldade para falar, etc., além dos pensamentos como o medo de enlouquecer, medo de perder o controle, medo de morrer, entre outros. Cabe salientar que na ansiedade há sempre aquele pensamento no futuro do “E se?”, por exemplo, “E se o exame apontar uma doença?”, “E se começar uma guerra?” ou aquela ideia do “Vai que”, isto é, "Vai que o meteoro cai amanhã”, “vai que o médico não consegue operar?”. 

É evidente que todos já sentimos ansiedade, em algum nível, em nossas vidas. Quem nunca se sentiu ansioso em se preparar para uma prova? Ou em realizar algum exame médico que nunca escutamos falar? Ou em se preocupar se conseguiríamos fechar a conta, no final do mês, depois de algum imprevisto mensal? No entanto, devemos ficar atentos quando a ansiedade começar a comprometer, significativamente, a nossa vida pessoal e social impedindo de realizar, por exemplo, tarefas simples que eram desempenhadas até o momento como sair de casa, ter uma noite de sono, ir trabalhar, etc. Neste caso, é recomendável que o indivíduo procure um profissional habilitado (Psicólogo, Psiquiatra) de sua confiança para uma possível avaliação e acompanhamento.

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