Cabe ressaltar que é preciso evitar, principalmente com crianças, “psicologizar” toda dificuldade que a mesma venha apresentar. Às vezes, uma criança que está com dificuldades em acompanhar as aulas na escola ou não quer copiar as matérias no quadro, pode estar apresentando um problema oftalmológico e não psicológico, por exemplo. Pode parecer algo simples, mas é preciso ter o cuidado para não ignorar outras possibilidades.
Assim, considerando que a “demanda” requer um acompanhamento psicológico, é iniciado o processo terapêutico com a criança. Desta forma, a criança é recebida, acima de tudo, como pessoa detentora de sua infinita singularidade. Ali, ela terá a liberdade de ser e de se expressar, se assim desejar, da maneira que escolher, seja através do lúdico com: brinquedos, jogos, desenhos e pinturas, ou através da expressão oral. Deste modo, podemos juntos criar condições para lidar com sentimentos e emoções que só esta relação saberá o que irá surgir.