domingo, 9 de dezembro de 2018

E quando o sono não vem?

Reflexões diante da ausência do sono.
Cadê o sono?
Dificilmente encontramos alguém não saiba o que é experimentar aquele dito popular de “passar uma noite em claro” ou “não conseguir pregar o olho a noite”. Estatisticamente cerca de um terço da população adulta tem pelo menos alguns dias de insônia clinicamente significativa durante o ano. No Brasil, cerca de 10 a 40% das pessoas apresentam queixas de insônia. 

A insônia é um dos sintomas mais recorrente em saúde mental caracterizada pela dificuldade em adormecer, manter o sono ou pelo despertar muito precoce não conseguindo voltar a dormir. A insônia aguda geralmente ocorre associada a quadros de ansiedade aguda, tensão, preocupação excessiva ou depressão. Já a insônia terminal, frequentemente, está relacionada a quadros depressivos. 

Cabe ressaltar que existe uma variabilidade muito grande em relação ao padrão de sono, por exemplo, há pessoas que se sentem bem e ativas dormindo apenas cinco horas ao dia, outras já necessitam de dez horas de sono para se sentirem vitalizadas durante o dia. 

É preciso alertar que muitas pessoas utilizam de forma banalizada remédios hipnóticos para a insônia, principalmente os benzodiazepínicos. Isto pode acarretar sérios riscos a saúde da pessoa que utiliza esta substância sem um acompanhamento médico.

Deste modo, é necessário procurar um médico para realizar um diagnóstico preciso através de exames como o Eletrencefalograma. Assim, a partir do diagnóstico realizar o tratamento adequado com medicamento (sob orientação médica) e Psicoterapia para os quadros de ansiedade e depressão.

Fonte: Dalgalarrondo, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre -  Artemed, 2008.