quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Mais que um legado olímpico

As olimpíadas no Rio terminaram em agosto de 2016, mas não podemos esquecer o valor que os jogos trouxeram a respeito da importância do "fator psicológico" no desenvolvimento dos atletas. 

Quem nunca ouviu alguém dizer "Aquele jogador arrebenta nos treinos mas na hora do jogo não tem o mesmo desempenho", "Aquele atleta nos momentos mais decisivos não consegue dar o seu melhor".

Pode ser que a pessoa não treinou o suficiente? Pode! Pode ser que o indivíduo não está se cuidando fisicamente? Pode!! Mas também pode ser que o lado emocional esteja influenciando o desempenho desta pessoa. 

Muita gente esquece que os atletas, por mais que tenham uma capacidade física diferente das "pessoas comuns", são seres humanos que também sentem: dor, medo, vergonha, raiva, culpa, além de sofrerem como qualquer ser humano. A judoca Rafaela Silva (medalha de ouro nos jogos) e o ginasta Diego Hypólito (medalha de prata nos jogos) comentaram um pouco sobre isto.



"Treinei muito depois de Londres porque não queria repetir o sofrimento. Depois da minha derrota, muita gente me criticou, disse que eu era uma vergonha para minha família, para meu país."Disse Rafaela.



“Como qualquer pessoa, temos problemas. Minha cabeça foi minha grande adversária" Afirmou Diego.

Nas olimpíadas os dois atletas tiveram a oportunidade de ressaltar a importância que a psicologia teve em suas vidas, conforme, verificado a seguir:

“Depois da minha derrota em Londres, eu ia largar o judô. Comecei a fazer um trabalho com a minha psicóloga, e ela não me deixou abandonar o judô." Relata Rafaela.

A psicóloga foi uma das pessoas que Hypólito agradeceu nas entrevistas após a prata. “Eu tive depressão, passei por um momento difícil, mas a Sâmia (psicóloga) me reconstruiu emocionalmente”, disse o atleta.

Deste modo, temos que compreender que o ser humano é um ser holístico, ou seja, ele é um indivíduo compreendido por sua totalidade, mente e corpo são interligados, logo, não se pode olhar apenas para o fator fisiológico nem apenas para o psicológico, mas olhar ambos e perceber que os dois precisam de atenção.

Fontes: 

http://olimpiadas.uol.com.br/noticias/redacao/2016/08/08/aos-prantos-rafaela-desabafa-me-disseram-que-eu-era-uma-vergonha.htm