segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Será real ou virtual??

Será que o que sinto é real ou vitual?
Real ou virtual?
Num mundo onde a felicidade plena parece ser a única opção de ser, não há espaço para um dia triste, um desapontamento, quiçá uma depressão, por exemplo. A depressão por sinal está crescendo cada vez mais, mas você se pergunta: "Como a depressão está crescendo se na minha rede social só aparecem pessoas felizes e sorrindo? E cada vez essas pessoas felizes só aumentam", "Por que este mal iria me atingir?".

Desta forma, continuamos a julgar pelas aparências e a nos compararmos com o mundo "virtual", o mundo "aparente". Cabe ressaltar que depressão não é o oposto de felicidade, mesmo tendo a tristeza em seus sintomas, depressão vai além da tristeza, é algo profundo, comprometendo fisicamente e psicologicamente o indivíduo.

Neste cenário, a conscientização de que precisamos de uma possível ajuda tornar-se um tormento, um sinônimo de fraqueza ou indignação. "Logo eu? o que eu fiz para merecer?", "Qual o segredo dos outros para não adoecer?", "Por que as outras pessoas não sofrem?". E assim, nos questionamos e buscamos respostas atrás de respostas, comumente sem sucesso. 

Deste modo, aceitar nossa condição humana real e compreender que nem tudo, em nossa vida, podemos dar conta sozinhos é algo desafiador. Entender nossa singularidade e subjetividade diante de toda nossa realidade, não é uma tarefa fácil e confortante. Assim, procurar ajuda de um profissional é um sinal de coragem e força.Ainda mais no mundo em que a vida parece ser algo tão simples e a felicidade plena tão corriqueira...